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Cortei meu cabelo e reflexões que tirei disso

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O que eu faço, ò tempo?

O que eu faço Para parar o tempo? Hoje depois de acordar... Eu perdi o canto dos passarinhos Perdi o bom dia Por que o relógio gritava "você está atrasada!" Ontem à noite Me esqueci o que fiz durante meu dia Por que aquelas voz me chamava todo o tempo "Faça isso, faça aquilo!" "Seja adulta!" "Responsável" Hoje quando acordei, Meus joelhos estavam doendo Meu corpo queria voltar para a cama E eu não sabia se ficava ou se ia Fiquei e me perdi Se fosse, teria me encontrado? O diário espera, aberto, para ser escrito Mas como, se o hoje já é amanha e o amanhã já não me pertence? O que eu faço para parar o tempo...? Para que todo o tempo perdido fosse encontrado E os sorrisos que não dei, resgatados O que eu faço? Um dia começa, outro termina... Espero não ser para sempre Apenas rotina.

Por que é tão difícil escrever sobre nós mesmos?

Li uma postagem hoje no pinterest que dizia assim: “como perder o medo de escrever sobre você mesmo?”. Antes que você pergunte, não, eu não li nada além disso. Apenas refleti. Acho que cheguei a uma resposta plausível. Não escrevemos sobre nós mesmos por que é uma área perigosa a explorar. Escrever sobre você mesmo é ter que desvendar segredos, entrar por caminhos que você não quer entrar. Escrever sobre você mesmo é descobrir que você é imperfeito em inúmeras coisas. Que você erra aquilo que você fica triste ou bravo por as pessoas errarem. Escrever sobre você mesmo é abrir seu mundo para que os outros entrem. Abrindo seu mundo, você permite que os outros opinem sobre ele. E não querermos escutar opiniões contrárias a nossa – Não sobre nós mesmos. Eu gostava de pensar que eu sabia ouvir. Descobri que não sei. Não muito bem. Não fale mal das minhas histórias. Não diga que escrevo mal que viro um bicho. Mas não é esse o tipo correto de reação. Na minha opinião, devemos ap

O que acho sobre sua visão de mim

Estamos andando. Ela para. Olha disfarçadamente para a vitrine, depois sorri para mim. Aquele sorriso de quem realmente está te escutando. Aquele sorriso de quem realmente gosta de estar ali naquele momento com você. Mesmo que as vitrines a distraiam. Mesmo que esteja cansada. Mesmo que ela faça aquele charminho, reclame de casa ou chore sua preguiça. Amo que ela esteja ali comigo. E sei que ela sabe que também estou cansado, com fome, sem dinheiro. E que ainda vou me arrastar ate a academia, depois da jornada dupla, por que quero ficar sarado para ela. Ela volta a andar, os cachinhos rebeldes de seu cabelo loiro escapam do coque. Ela não gosta de passar por outro caminho dentro do shopping. É sistemática de um jeito que até acho fofo. Gosto de irrita-la com isso também, trocar as coisas de lugar, não deixar ela arrumar uma mexa rebelde. Ela parece brava, mas nunca está. Não por causa disso. Ela fica brava por outras coisas bobas. Eu seguro sua mão pequena e clara. Ela não teve t

Amigos e amigos

Semana passada eu recebi uma ligação não menos que inusitada. Uma amiga antiga, de vários anos atrás... Não sei por que ela se lembrou de mim aquele dia e resolveu me ligar, mas fico muito feliz por ela ter feito isso. A vozinha mansa, o jeito de rir. Parecia exatamente a mesma amiga que eu deixei escapulir um tempo para trás. Ela me perguntou sobre partes de mim que nem eu me lembrava que existia. Uma Carol cantora... Uma escritora, uma amiga, uma namorada, uma poetiza, uma musicista. Acho que eu havia esquecido que eu podia ser tanta coisa. E enquanto eu pensava nessas versões de mim que ela expunha com tanta tranquilidade pensei também em como parecia que ela estivera do meu lado toda aquele tempo, mesmo não estando lá, de fato. Sem querer, comecei a segregar tipos de amigos. Tem aqueles amigos, como essa minha, que podem ficar sem te ver ou ouvir por um longo tempo, mas quando te vêem novamente, parecem exatamente iguais que na ultima vez. E esse tipo de amigo não te culpa po